18 de julho de 2012

Queda Fator 2

Você provavelmente já ouviu falar muito! Nos manuais de escalada, nos cursos e principalmente nas etiquetas das cordas dinâmicas, usadas para escalar. Mas você sabe realmente o que significa o temido Fator 2 de queda?

Para início de conversa, é essencial sabermos que não é somente a altura da queda, em si, que identifica o Fator de Queda. Pois como o próprio nome da corda dinâmica afirma, o efeito que ela deve trazer ao escalador é exatamente amortecer uma queda. Assim, podemos concluir que quanto mais corda o escalador tiver, maior será o dinamismo total da corda, e conseqüentemente, maior a absorção do impacto gerado.



Um pouco de Física!!!

Fator de Queda (f)


     Altura da queda
f =
  Comprimento da corda


 A formula então passa a ser clara: o Fator de Queda é exatamente a relação entre a altura da queda e a longitude total de corda disponível. Para facilitar, imagine um escalador guiando uma cordada. Ele já escalou 10 metros de via, e está há exatos 2 metros da última proteção.
Se ele cair, esta queda será de 4 metros. Assim temos:
Fator de Queda = 4 m (de queda) dividos por 10 m (comprimento total da corda)
Isso será igual a 0,4. Ou seja, fator de queda 0,4.
Neste caso, não existe o fator 2.

Porém, imagine a segunda hipótese:
Neste caso, o “seg” está junto da última proteção. O comprimento da corda é, por tanto, 2 metros, e o valor da queda, 4 metros. Calculamos:
Fator de Queda = 4 m (de queda) divido por 2 m (comprimento total da corda)
Isso será igual a 2. Ou seja, fator de queda 2.
Fator 2 presente neste caso.

(Imagem ilustra muito bem o Fator 2 do segundo caso)



 



Em resumo o fator de queda é simplesmente a distância da queda dividida pelo comprimento da corda do desde o ponto fixo até o escalador que cai.

O Fator 2 é o pior tipo de queda em uma escalada, uma vez que este número não tem como ser maior. Fácil presumir então que uma queda com fator superior a 1, além de ser forte, com baixa absorção do impacto, já deve ser considerada no uso da corda.

Boas escaladas (e quedas!)…


Fontes utilizadas:

16 de julho de 2012

Exercícios específicos com peso para Escaladores

Quando escolhemos os exercícios de força que pretendemos realizar no ginásio, devemos selecionar aqueles que induzem um estímulo positivo ao longo dos músculos e ângulos comuns que determinam o desempenho.

Na verdade, como Badillo e Ribas (2002) sugere, o objetivo deve ser para treinar movimentos, não músculos. De acordo com este, os exercícios que envolvem um número muito limitado de músculos, como bíceps rosca ou curl martelo, têm pouco ou nenhum impacto no desempenho de escalada, pois eles só seria útil quando há uma clara falta de força de tração, devido aos músculos flexores o cotovelo sendo mais fraco do que o resto dos músculos tracção, que é frequentemente o caso, especialmente para as mulheres.

Como exemplo, quando nós puxamos de um porão, primeiro precisamos nossos músculos flexores dos dedos para ser forte o suficiente para agarrar a espera. Mas quando chega a hora de chegar para a próxima segurar a força do impulso virá dos pés primeiro, depois os quadris, tronco e ombros todo o caminho até o cotovelo.
Dado que a falta de força de tração normalmente não é atribuível às pernas, que poderia incidir sobre os exercícios superiores do corpo de força que reproduzem os diferentes movimentos puxando que usamos durante a escalada.

Desta forma, estaremos trabalhando nossos músculos simultaneamente e na mesma seqüência coordenada que exigimos deles em uma rota. Quanto mais semelhantes um exercício de treinamento para a performance física real, maiores serão as possibilidades de transferência (Stone e col, 2007).

 
Portanto, nossa questão para hoje é:
 
Que exercícios com peso têm uma maior transferência para os movimentos nosso esporte?
Na minha opinião, o seguinte fazer:
  • Haltere linha (com o braço em abdução a 90 º) e Voador com o braço-reverso *
  • Um braço-de puxada pela frente (ligeiramente inclinadas para trás) *
  • Um braço-pé cabo pulôver ou halteres pulôver *
  • Haltere linha (com o braço em abdução 0 º), ou sentado um braço-linha * cabo
  • Pe um braço-cabo pushdown (empurre para baixo) tríceps* Os propinas


No entanto, tenha em mente que estes exercícios muito específicos são adequados para adultos atletas avançados, ou seja, aqueles que tenham completado um estágio mais geral e básica do treinamento de força.






Linha com o ARM AT abdução a 90 º


OU ... Reverso VOA ARM




 
ONE ARM puxada (ligeiramente inclinadas para trás)

 
ONE ARM PERMANENTE DO CABO MOLETON ou halteres MOLETOM  
HALTERES ROW COM ARM EM 0 RAPTO º OU LINHA CABO sentado um ARM-
 
Permanente um ARM-CABLE PUSHDOWN TRICEPS Triceps ou propinas

Se você faz um monte de boulder que seria interessante incluir (voador) peito com halteres também.


Em futuras entradas você pode obter informações sobre a metodologia (número de séries, repetições, apoios, etc) e planejamento para aplicar corretamente sua rotina de treino novo.
* Cabo ou exercícios polia não permitem grandes cargas, por isso, se você planeja fazer a força máxima com métodos de carga máxima (menos de 6 repetições), a melhor maneira é usar exercícios com pesos livres.
 
fonte: en-eva-lopez.blogspot.com

14 de julho de 2012

Oração do Montanhista


ORAÇÃO DO MONTANHISTA

"Senhor, obrigado pela criação do céu e da terra.
Obrigado por permitir que eu caminhe em Vossa obra, mesmo que seu acesso seja árduo e temeroso.
Dei-me a saúde para que eu alcance Vossa exuberância e que meu espírito deslumbre a simplicidade da natureza.

Concedei-me a capacidade de ter fé, para sentir a Vossa presença aonde quer que eu vá.
Senhor, perdoai aqueles que destroem o que nos deste, porque são ignorantes e não sabem o que fazem.
Concedei-me a força, a persistência e a sabedoria, para que eu descubra e ensine a essência da vida.
E se mesmo diante do que me ofereces, eu continuar cego, que eu não seja digno de freqüentar Vosso paraíso."


ORAÇÃO DO MONTANHISTA (MNK)

Pensamento traidor eu administro
Por Cristo, com Cristo e em Cristo...
Atos falhos, maus presságios de quem vem omisso
Inexistindo e corrompendo, compasso sinistro
Mas não vou travar meus pés no alheio chouriço
Sigo a luz, fé máxima de Ti, que confio e persisto.
Pois me ouve e alimenta meu espírito.

Tempo louco, mundo torto ao caminhar em vão
Vento solto fica preso nesse vasto turbilhão
Jesus, sendo minh'alma liberta por vinho e pão
Meu corpo e sangue conhecem a Tua consolação.

Raros minutos brutos, solutos em oração
Pela família, por lucidez, amigos e irmãos
Não admito, pois, fulano vindo em invasão
Ao meu moral, espaço vital, minha aura e devoção.

Não acredito na vida suja, bruta, desgraçada
Pra fazer nego sofrer, bater cabeça na estrada
Ou deixar-se valer menos do que lata envenenada
Se posso crer na vida além de mero mito otimista,
Em um amanhecer sincero do amor humanista...
Pode vir o que vier contra minha fé montanhista.

Se Ele é o Santo, Senhor Universal
Se veio do outro plano livrar-me de todo Mal;
Se encarnou, morreu e deixou o colírio Pentecostal;
Se esse mundo não é Dele, é só treino material,
Celestial é o apego à Trindade atemporal!
Até o dia da minha Páscoa, busco o Bem fundamental.

Não somente oremos. Meditemos nossas ações
Intimidade não só para rogar piedade das nações
Pensemos ao menos nossas lástimas
Cortes espirituais
Divindade não é só para pedir Paz,
Mas reconhecer que antes da gente nascer
Deus fez o ser humano plenamente capaz.

Milagre é nossa vida mediante a morte do Filho
Falecido, porém no amor renascido
Braços abertos do Corcovado ao Monte Sião...
Não! Não quer ver os homens em prantos,
E sim acolhidos por sua herança:
O Espírito Santo!

Nessa unidade me inspiro também,
Dignidade, gentileza, esperança
Perseverança na humanidade. Amém!

10 de julho de 2012

O curso PAARE PB foi um sucesso

o CURSO DE CAPACITAÇÃO EM PREVENÇÃO DE ACIDENTES E AUTO-RESGATE EM ESCALADA foi realizado neste final de semana 6, 7 e 8 de julho de 2012.

Como não houve inscrições suficientes de escaladores do estado, o corpo de Bombeiro Militar da Paraíba fechou um acordo com a empresa Marumby Montanhismo, pela pessoa do Ronaldo Franzen Nativo.



O curso contou com 2 participante civis, e 10 participantes militares que vieram de vários batalhões da estado, como Guarabira, Campina Grande, e João Pessoa.  





Durante o curso as alunos aprenderam a desenvolver procedimentos de escalada com segurança, atualizaram suas técnicas, promover a prevenção de acidentes, praticar meios de fortuna e auto-resgate.


As aulas práticas aconteceram no CCB, e no Paredão de Escalada da SportPoint. 





O instrutor Nativo, realiza atividades em Montanha desde 1980, especializado em montanhismo, escalada, resgate em ambientes verticais e gestão da segurança, tendo participado de várias expedições nacionais e internacionais.









EENe 2012 Serra Caiada - RN

O EENe chega esse ano na sua 11ª edição e vai ter mais uma vez como palco o pico potiguar de Serra Caiada, distante cerca de 70km de Natal. Eu já tive a oportunidade de escalar por duas vezes em Serra, como a galera local chama o pico, e posso dizer que os escaladores do Rio Grande do Norte são privilegiados de terem um pico de tamanha qualidade e variedade próximo à sua capital.

Serra Caiada, formação rochosa mais antiga da América Latina
Hoje Serra já conta com mais de 100 vias, e deve ganhar mais novas linhas até a data do encontro, se consolidando como um dos maiores picos de escalada do Nordeste. Isso por si só já faz a trip até Serra valer a pena, independente de um evento como EENe. Aliado ao encontro, a viagem torna-se praticamente imperdível. Para aqueles que ainda não tem certeza se vão ou não comparecer ao encontro, vou tentar falar um pouco do pico, dos setores, estilos, as vias clássicas, e para os mais fortinhos, os projetos que ainda aguardam cadena.

Anaceli Vieira na Grampeleta 6sup
O primeiro setor ao qual se tem acesso, e que marca a entrada da trilha para os demais setores de Serra, é o Boulder Principal. Este setor é uma ótima opção para se familiarizar um pouco com estilo predominante de Serra, recheado de regletes e vias de leitura pouco óbvia. Avistar vias em Serra não é tarefa fácil! Uma ótima via para começar aqui é a Grampeleta 6sup, bem no estilão Serra Caiada.
No boulder principal também é possível escalar vias um pouco mais fortes como a Invasão de Privacidade 7b e alguns sétimos mais fáceis. É aqui também que está uma das vias mais fortes do lugar, a Estherminadora 9b, via aberta pelo escalador local Leo Rocha que corta o negativo recheado de agarras abauladas, e cuja primeira cadena ficou a cargo do escalador gaúcho Thiago Balen. O boulder principal também guarda dois projetos que devem cair na casa dos dois dígitos, a Mestre das Ilusões e a Perdas e Danos, ambos só esperando um “cabra macho” pra fazer o famoso “Feijão com Arroz” (FA).

Leo Rocha na Estherminadora 9b
Seguindo pela trilha chegamos no setor dos negativos, numa linda parede que se estende por mais de 100 metros. É nesse setor que está uma das minhas vias favoritas do lugar, o 7a  da Quinto Elemento. Via constante, de movimentação e pegas variados. Chegar ao final sem bombar é pra poucos. Outra dicas nessa parede são a Penélope Charmosa 7c  e a linda Ilusionista 8c, aberta e escalada pela primeira vez pelo escalador cearense Júlio Pimentel. Aqui também temos um projeto que deve ficar na casa do 9º ou 10º grau, a Ojuara, o homem que desafiou o Diabo.
Ainda ficando nas esportivas, o setor mais casca do lugar é sem dúvida o Falésias. O supra-sumo da regleteira em Serra numa parede levemente negativa. E não adianta o Menger dizer que os regletes de Serra “são de veludo”, os dedinhos aqui sofrem. Aqui ficam vias como a Adios amigos 8a, provável primeiro oitavo grau do nordeste, alguns nonos, como a Acapulcos Forever e a Retorno de Jedi, ambas 9b, e a via mais forte do lugar até agora, a Monstros S.A 9c. Haja dedos!
Mas nem só de vias esportivas vive Serra Caiada. As vias tradicionais foram as pioneiras do lugar, na sua maioria com duas cordadas, e algumas um pouco mais longas. Entre as mais clássicas de Serra merece destaque a Gênesis 3º III sup, primeira via do Rio Grande do Norte. Outras tradicionais bem acessíveis que merecem ser escaladas são a Los Manos 3º V sup e a Malu de Andrade 3º VI sup. Mas também tem espaço pra umas “tradiças” um pouco mais atléticas, como a Coronel e o Pescador 5º VIIa E2, de 107 metros.

O cume de Serra Caiada
E para aqueles que curtem os boulders, também tem bastante coisa pra fazer, com problemas indo do V0 ao V6 e alguns projetos. No Boulder principal existem alguns problemas, com destaque para o Gekko dos Santos V6 e o projeto Dosagi, provável V7. Na parte de trás do Boulder principal existem algumas vias em “top rope”, mas que podem facilmente se converter em highballs com um pouco mais de coragem e um pouco (ou seria um muito?) mais de crash pads. Ainda existem outros setores, como o Ravina, Árvore de Natal e Pedra do Ratinho, com destaque aqui para o Catita, um V5 de dois movimentos!

Thiago Balen no Gekko dos Santos V6
E ai? Consegui convencer você a vir dar uma conferida em Serra Caiada? O encontro vai acontecer de 7 a 9 de Setembro (uma das melhores épocas pra se escalar no Nordeste), já tem Cesar Grosso como presença confirmada, e deve ter inscrições abertas em breve. Aos amigos do Rio, Minas, São Paulo, DF, Paraná, Goiás, Espírito Santo…fica o convite pra vir conferir o XI EENe em Serra Caiada esse ano, e quem sabe depois esticar por outros picos nordestinos, como Pedra da Boca, Quixadá, Redenção, Tejuçuoca…

fonte: http://www.descedaidoido.com.br/

7 de julho de 2012

Erros comuns na Escalada

01. Uma má comunicação entre os escaladores pode levar o segundo da cordada (segurador) a soltar a segurança do guia antes do tempo. O guia então se pendura na corda esperando que a mesma esteja travada e despenca. Neste caso a comunicação entre os membros da cordada é essencial.

02. O guia cai e o segurador, desatento, deixa a corda correr até o guia bater no solo. Isso não é difícil de acontecer, principalmente quando o guia está em algum ponto entre a primeira e a segunda proteção da via e o segurador deixa a corda com um folga muito grande.

03. O participante dá segurança muito afastado da base da via e é arrastado contra a parede com a queda do guia, adicionando mais corda a queda do mesmo, causando ferimentos no segurador e, possivelmente, a queda do guia até o solo.

04. O segurador conecta o aparelho de segurança de maneira equivocada e não consegue deter a queda do guia. Acidente muito comum com freios automáticos. Check sempre!

05. O guia esquece de completar o nó de encordamento. Uma vez começado um nó, não permita que nada te distraia até que você tenha terminado o nó. Então confira se está tudo certo.

06. O guia tem uma queda descontrolada. Tente manter uma posição estável ao cair e afaste a corda de suas pernas.

07. O guia ou participante esquece de fazer a segunda passada na fivela da cadeirinha. Verifique sempre!

08. O guia passa a corda erradamente pelo mosquetão de gatilho curvo da expressa e, ao cair, a corda desclipa. Preste atenção no sentido da passagem corda nos mosquetões. Use mosquetões com trava nos pontos cruciais.

09. O mosquetão é solicitado no exato momento em que o gatilho está aberto e se parte. Tome cuidado na hora de posicionar os seus mosquetões e troque-os quando estiverem extremamente usados.

10. A corda desconectou do top rope. Use sempre mosquetões com trava ou dois sem trava posicionados um contra o outro.

11. O guia é baixado, em top rope, com a corda deslizando por dentro de uma fita e não de um mosquetão. Consequência: corte da fita. 

12. A outra ponta da corda escapa pelo freio do segurador enquanto baixa o guia, levando-o ao chão. O simples encordamento do segurador ou nó na ponta da corda evitaria este indesculpável erro.

LONG, John. Advanced Rock Climbing